A promoção do emprego e do empreendedorismo devem ser as prioridades dos setores público e privado no conjunto de ações planejadas para reduzir as desigualdades regionais goianas, afirmaram nesta quarta-feira (10/8) o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, e o secretário de Estado da Retomada, César Moura. O combate às disparidades sociais e econômicas estaduais são tema do 2º Fórum Economia Goiana, realizado pelo Conselho Regional de Economia de Goiás (Corecon-GO) em parceria com a Fecomércio-GO, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
Em sua explanação, Marcelo Baiocchi afirmou que o Sistema Fecomércio-Sesc-Senac Goiás, que integra da Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, vem atuando em diferentes frentes de trabalho para estimular o empreendedorismo e o emprego. O presidente da federação afirmou que o Sistema Comércio atua com foco na qualificação e na capacitação profissional, no atendimento jurídico e econômico de sindicatos e empresas e na promoção de parcerias com o setor público para contribuir com o desenvolvimento sustentado do Estado. “Sem dúvida alguma, o ponto de partida é a formação, a qualificação para o emprego e para os negócios. É isso que garante empresas, emprego e renda”, disse.
O secretário da Retomada disse que, ao estabelecer as políticas públicas de superação da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, o governo de Goiás concluiu que as regiões menos desenvolvidas foram as que mais sofreram com as restrições das atividades impostas pelas medidas de controle do avanço do novo coronavírus. “As regiões de Goiás com arranjos econômicos menos complexos foram mais afetadas pela crise sanitária e também estão demorando mais a sair dela”, resumiu. César Moura observou que as regiões com maior dinamismo econômico já estão na fase de superação desses efeitos. Portanto, afirmou o secretário de Estado, a crise pandêmica agravou as diferenças entre as regiões.
César Moura disse que o encaminhamento para o emprego e o Programa Crédito Social – voltados, respectivamente, para a entrada ou retorno ao mercado de trabalho e para a promoção do empreendedorismo nas regiões menos desenvolvidas de Goiás – são as ações centrais do governo de Goiás para a redução das disparidades econômicas. O secretário da Retomada disse ainda que o governo do Estado ampliou os investimentos em capacitação profissional e no desenvolvimento dos arranjos produtivos locais (APLs). “Os arranjos produtivos são fundamentais nesse processo de retomada e de redução das disparidades econômicas. Eles são o ponto de partida de muitos negócios de sucesso e de muitos empregos”, disse, citando o APL mais conhecido de Goiás, o de confecções, responsável, entre outros negócios pelo Polo de Moda da 44, em Goiânia, o segundo maior do país.
O encontro de gestores públicos, empresários, economistas, entidades da sociedade civil, universidades e centros de pesquisa para discutir soluções para as desigualdades regionais goianas realizado nesta quarta-feira (10/8) no auditório da Fecomércio-GO encerrou o 2º Fórum Economia Goiana. Ao dar por concluídas as atividades do encontro, a presidente do Corecon-GO, Kerssia Preda Kamenach, afirmou que o objetivo das entidades de classe com a iniciativa é contribuir para a promoção do crescimento sustentado do Estado. A palestra do dia foi da economista Ana Luiza Souza, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apresentou um estudo sobre as características das desigualdades regionais de Goiás.