Na última semana, o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado de Goiás (Sindiaçougue) ganhou destaque no Jornal Brasil Central ao se juntar à Agrodefesa em busca de medidas para ajustar a norma que trata da validade de carnes transformadas, visando melhorar as condições de comercialização e garantindo a segurança do consumidor em todo o estado de Goiás.
Em 2020, o Sindiaçougue iniciou diálogo com a Secretaria de Saúde de Goiás e com a Vigilância Sanitária Estadual, interrompido pela Pandemia do Covid 19 e retomado agora, cujo assunto é a discussão sobre o prazo máximo de validade de 48 horas para as carnes transformadas, de forma geral, nos termos da Resolução Estadual nº 20 de 16 de agosto de 2019, sem, contudo, observar as condições de embalagens, se são carnes frescas, resfriadas ou congeladas, dentre outros pontos técnicos.
Logo, a partir da fiscalização da vigilância sanitária, amparada no atual texto da Resolução Estadual nº 20, produtos ainda próprios para o consumo passaram a ser descartados, causando prejuízo aos comerciantes, já que com base na regra vigente estariam fora do prazo de validade.
Com o intuito de achar uma solução para a situação sem causar prejuízo à população nem aos empresários do segmento, o Sindiaçougue contratou a assessoria de um Engenheiro de Alimentos em conjunto com o corpo jurídico da Fecomércio-GO para construir uma proposta técnica visando, inserir na norma Estadual, alternativas de acomodação dos alimentos, sugerindo formas de embalagens (bandeja, vácuo, à granel, etc.), se congelado ou resfriado.
A Superintendência da Vigilância Sanitária foi receptiva e sensível à situação do segmento empresarial e concordou em abrir o debate técnico com várias entidades para buscar atualizar a atual norma e, de forma segura e técnica, estabelecer condições de acomodação das carnes transformadas de forma que se alcance um prazo de validade maior que as atuais 48hs.
“Nós precisamos construir juntos, uma solução viável e segura para o segmento, condições técnicas para que a validade desses produtos seja estendida sem colocar em risco a saúde do consumidor e sem abalar a qualidade das carnes produzidas em nosso Estado. Quando se fala de alimentos, de carnes no caso em específico, somos a vitrine para todo País.”, pontua Silvio Yassunaga, presidente do Sindiaçougue.